As aulas de música facilitam o processo de alfabetização. Segundo uma pesquisa feita com crianças na China, o estudo apontou que o contato com os instrumentos na infância melhora a identificação dos sons das letras e das palavras.
Desde quando eram bebês, Nicolas e Helena já tinham contato com a música. Agora estão aprendendo a tocar piano. Bernardo, de 6 anos, gosta de rock e faz aulas de bateria há 5 meses. O plano dele é de ser”um baterista tocando numa banda de Rock’n Roll”. A música contribuiu para que o desempenho dele melhorasse na escola. A sua mãe relata que foi notado um avanço em concentração e foco no colégio com essas atividades.
Um novo estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia, de Massachusetts, nos EUA, concluiu que a música pode facilitar no processo de alfabetização. Os pesquisadores acompanharam 47 crianças de uma escola chinesa e concluíram que aquelas que tiveram aulas de piano desenvolveram maior capacidade para identificar os sons das letras e as palavras. Segundo estudos, a sensibilidade às notas do instrumento pode ter melhorado a percepção dessas crianças no processo da alfabetização. Já os estudantes que não participaram das aulas, apresentaram pior desempenho nos testes.
Neuropediatras confirmam os benefícios da música na aprendizagem das crianças. A música colabora em várias questões: atenção, humor, aprendizagem, interação social.
Há colégios em que as aulas de música começam na educação infantil. Os alunos usam vários instrumentos musicais, cantam, dançam e aprendem. Uma das alunas, de 6 anos, diz que ”ama a música, é a sua inspiração e sua alegria”. Os professores dessas escolas explicam que isso desenvolve a questão de memória auditiva, aumento de vocabulário, ritmo, entonação, tudo isso ligado diretamente com a alfabetização.
Texto extraído da matéria do Jornal da Band, exibido no dia 9 de julho de 2018 – https://www.facebook.com/jornaldaband/videos/863286157209471/
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Dez razões para investir na educação musical de nossas crianças
Foi-se o tempo em que brincar com música era considerada apenas uma forma de se divertir e se sentir bem. Com estudos e pesquisas comprovadas pela Neurociência (conjunto de ciências que estudam como aprendemos e nos desenvolvemos), atualmente temos conhecimento que estudar música desde pequeno pode fazer muita diferença no desenvolvimento integral da criança a longo prazo.
Não é a toa que hoje existe a Lei 11.769, que obriga todas as escolas ofereceram aula de música para as crianças. Os benefícios são indiscutíveis. Nossos filhos merecem crescer em um ambiente onde a música seja valorizada. Além de diversas memórias positivas que eles terão, todo seu desenvolvimento será beneficiado. Dessa forma, nossos filhos poderão usar seu tempo com mais qualidade e utilizarão a música como amiga e companheira, nos momentos difíceis e alegres da vida
Vejamos então 10 razões para famílias investirem na educação musical de seus filhos o mais rápido possível:
1. A música ajuda no desenvolvimento neurológico da criança
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Vermont nos EUA, constatou depois de analisar tomografias de 232 crianças entre 6 e 18 anos, que as crianças que estudavam música desde a infância apresentavam ganhos positivos e duradouros em relação ao desenvolvimento cerebral. Os estudos afirmaram que estudar música melhora as funções executivas do cérebro, responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento do futuro. Isso acontece porque praticar música, como tocar um instrumento musical, exige foco e disciplina, além de utilizar a coordenação das mãos, senso rítmico, estimulo visual e auditivo.
2. O aprendizado musical modifica fisicamente o cérebro, principalmente na primeira infância (0 a 6 anos) e os ganhos se mantém por toda a vida
Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras que o período entre 0 e 6 anos é de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. Em uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: “Música é a atividade artística mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança, a música oferece um grande impacto no desenvolvimento e prepara o cérebro para executar diferentes funções. A música é campeã em ativar redes neuronais no cérebro. Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.
3. As experiências musicais na infância ajudam a controlar melhor o corpo e a desenvolver a expressividade e a coordenação rítmica
Desde uma brincadeira de roda, ou tocar um instrumento musical, nas aulas de música, o cérebro é desafiado a utilizar diversas coordenações ao mesmo tempo (cantar/dançar, cantar/tocar/dançar, dançar/tocar, etc.). A música requisita funções perceptivas, cognitivas e executivas e mais o aparato psicoemocional exigido pela arte, auxiliando do desenvolvimento das estruturas cerebrais, o que automaticamente educa os movimentos do corpo.
4. A música é uma linguagem naturalmente atraente para a criança
Estudos mostram que quando o bebê nasce ele já foi estimulado através dos sons (dentro da barriga da mãe) e das pessoas que cuidam dele (depois do nascimento), que geralmente brincam com ele utilizando a música. As aulas de musicalização infantil unem duas ferramentas muito significativas para a criança: canções e brincadeiras; ou seja, através de histórias sonorizadas, brincadeiras de roda, brincadeiras de mãos, tocando ou construindo instrumentos musicais, etc, a criança interage em um ambiente de sensibilização, reflexão e prática musical e vai desenvolvendo habilidades que irão auxiliá-la em seu desenvolvimento integral, como desinibição, maior expressividade, desenvolvimento psicomotor mais consolidado, maior criatividade, etc.
5. Todos podem desenvolver a inteligência musical
Os estilos musicais que escutamos durante nossa vida, tendo experiências positivas, fazem toda a diferença no nosso gosto musical na fase adulta. Howard Gardner, professor da Faculdade de Harvard, ganhador de diversos prêmios, afirma que o que leva as pessoas a desenvolverem a inteligência (inclusive a musical) é: O ambiente que vivem, experiências significativas que proporcionem a vontade de praticar, a educação e as oportunidades que surgem ao longo da vida. Gardner afirma que todo individuo nasce com um vasto potencial de inteligências, mas que estas só vão aflorar, se forem estimuladas e praticadas. Todos podem desenvolver a inteligência musical se praticarem.
6. A música é interdisciplinar
A música é uma linguagem matemática, mas ao mesmo tempo afetiva sempre inserida em um contexto social. Através dela podemos aprender qualquer conteúdo, por isso é tão utilizada em diversas rotinas nas escolas de Educação Infantil, além de ser utilizada também para trabalhar tabuada, inglês, etc.
7. Praticar música ensina a importância da disciplina
Para tocar bem um instrumento musical, é necessário disciplina. É necessário se organizar para praticar e melhorar suas habilidades no instrumento. A criança de um modo geral deseja resultados imediatos e, ensiná-las a persistir, a não desistir quando surgem os desafios de tocar o repertório musical, são treinos importantes para o ser humano e para sua educação global. Portanto, além de desenvolver suas habilidades musicais, a criança aprende o quanto é importante praticar para melhorar em qualquer área de sua vida, inclusive a musical.
8. A música melhora a autoestima e o autoconhecimento da criança
Nas aulas de musicalização, as atividades musicais são coletivas e favorecem a socialização e o desenvolvimento emocional da criança. Mais tarde, caso a criança aprenda a tocar um instrumento musical, ela aprenderá desde cedo à importância da prática, do foco, da perseverança e da disciplina para melhorar, além de enfrentar o medo de errar e lidar com a dificuldade. Porém, para que ela possa usufruir destes benefícios, ela precisa ter o apoio e a paciência dos pais durante o processo, que devem ter o papel de incentivadores, que valorizam a prática musical e gastam tempo ouvindo seus filhos tocarem o instrumento. Quando a criança mostra o repertório musical que está aprendendo, sua autoestima aumenta e isso contribuirá para que ela tenha mais confiança para persistir perante outros desafios que terá em sua vida (pois associa a conquista deste, ao sucesso dos demais desafios que virão).
9. A música desenvolve o vinculo afetivo entre aqueles que juntos a praticam
A música na infância sempre vem acompanhada de momentos afetivos, sejam brincadeiras cantadas envolvendo mãos, toque, roda, tocar e cantar juntos, ou seja, atividades que fazem com que as pessoas interajam entre si de uma maneira divertida. Cada pessoa traz consigo uma cultura musical que aprendeu com sua família, na escola, com amigos, com pessoas que são importantes na vida dele. Essas canções passam de geração em geração, porque ficam na memória pelo fato de ter qualidade afetiva e grande carga emocional. As atividades coletivas musicais entre a família, por exemplo, nos deixam memórias positivas e marcantes, por isso devem ser estimuladas e praticadas.
10. A música traz benefícios a longo prazo
A música pode fortalecer áreas cerebrais importantes nos primeiros anos de vida, quando a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função através de experiências anteriores) é maior, mas é preciso salientar que a plasticidade continua na fase adulta. Nunca é tarde para praticar música. Ou seja, desenvolvendo essa nova habilidade, programaremos nosso cérebro para envelhecer em melhores condições.
Texto extraído do Blog da Leiturinha – http://leiturinha.com.br/blog/10-razoes-para-investir-na-educacao-musical-do-seu-filho/
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